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CÓDIGO SENHA

História

Três aspectos importantes marcaram a história de Monte Sião. Primeiro o período ante imigração italiana, exploração do solo na extração de minérios valiosos, pecuária e agricultura, região até então desconhecida. Segundo, a imigração italiana que viria a firmar Monte Sião na história no final do século passado. Para confirmar este fato, basta fazer um passeio pela cidade e constatar a influência de alguns nomes de origem italiana em suas ruas.

A imigração italiana em Monte Sião mudou definitivamente o rumo da história da cidade. E um terceiro e último aspecto, o início da indústria do tricot, apesar de artesanal no início, porém importante, colocaria a cidade num estágio avançado da industria de malhas, reconhecida internacionalmente.

Qual será o próximo estágio que faz com que viajantes do Brasil inteiro buscam pela qualidade da malha de Monte Sião? Uma coisa pode-se afirmar com certeza, este processo é irreversível!

 

A MAIS ANTIGA REFERÊNCIA

A referência mais antiga encontrada no calendário histórico de Monte Sião parte do ano de 1790, quando chegava ao fim a era da mineração, principalmente do vizinho Distrito de São Pedro, no arraial de Ouro Fino, onde se localizava a Guarda Mineira. Encerrado o ciclo do ouro para dar lugar ao período da pecuária e da agricultura, tinha início nesta região, por volta de 1800, através das "Picadas do Mogi", a grande corrida em busca de posses de boas terras para formação de fazendas.

Em 1838, o fazendeira major Antonio Bernardes de Souza, então com 35 anos de idade, conferia ao lugar características de Arraial, segundo reza a tradição, denominando-o de "Jabuticabal".

A primeira via pública do Arraial tinha o seu começo um pouco acima das pequenas lagoas, permanentes, provocadas pelo antigo curso do ribeirão que fecha a leste, procedente de São Paulo e subia obedecendo a regularidade do alinhamento. Logo recebia o nome de Rua Direita.

A Rua Direita, foi iniciada na travessa, hoje, da rua José Moterani e prosseguiu por uma elevação até a velha casa dos Pennacchi, cuja madeira de construção foi tirada do largo da Capela pelo então, proprietário, capitão José Luiz de Santa Bárbara Cavalheiro. Essa rua, em vão, já se denominou rua 15 de Novembro (1894) e hoje Rua Presidente Tancredo de Almeida Neves (1985).

As outras duas vias, popularmente denominadas Rua do Sapo (atualmente rua Ernesto Gottardello) e Rua da Palha (atualmente rua Juscelino Kubitschek de Oliviera), eram alinhadas e abertas em pontos distantes, uma a leste, paralela ao referido ribeirão, e outra a oeste do povoamento.

A atual Praça Prefeito Mário Zucato, com seu magnífico jardim público, inaugurado em 1941, foi parcialmente projetada pelos primeiros povoadores, onde se erigiu em 1849 a Capela com a invocação de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.

O principal fundador de Monte Sião, major Antonio Bernardes de Souza, nasceu aos 24 de outubro de 1803, no lugar denominado "Rio Pardo", Freguesia de Ouro Fino. Em 1825 o fundador desta cidade já residia no bairro do "Lutério", antiga denominação de Monte Sião.

Missionários do além-mar, de passagem pelo arraial (em 1850) deram-lhe o nome de Monte Sion, à vista da semelhança do acidente orográfico local como o nome bíblico das colinas de Jerusalém. A partir daí o arraial alcançaria uma série de melhoramentos na força de seu trabalho.

Por força da Lei 665, de 27 de abril de 1854, já com o nome de Monte Sião, o povoado passou à categoria de distrito, ligado inicialmente ao município de Pouso Alegre e, a partir de 1880, ao município de Ouro Fino.Em 1881 foi instituída a paroquia de Monte Sião.

Em 1888, chegam os imigrantes italianos (cerca de 350 famílias) que passariam a influenciar diretamente em todas as atividades, dedicando-se destacadamente no cultivo do café, desde então o trabalho passaria a ser uma vocação coletiva. No dia 6 de janeiro de 1950, em obediência ao decreto 3208, baixado pelo governador Milton Soares Campos, o povo montesionense festeja a instalação de sua Comarca. Em 27 de agosto de 1957, Monte Sião passa a ser Estância Hidromineral. Em 1982, Monte Sião é transformada em cidade turística.

A partir daí, seu progresso foi cada vez mais gradativo. É hoje conhecida internacionalmente."

 

A ORIGEM DO NOME

Em 1815 a região de Monte Sião era conhecida por 'Lotério Acima', em razão do rio Eleutério, que nasce no centro do território deste município e corre com esse nome até a antiga região do 'Lotério Abaixo'.

Em1819 teve início a formação do lugar ao pé do Morro Pelado com a denominação de Bairro do Eleutério, para mais tarde, em 1838, receber o nome de Arraial do Jabuticabal.No ano de 1850, os frades franciscanos, frei Eugênio Maria de Gênova, frei Arcanjo e frei Francisco, vieram pregar as santas missões no povoado e à vista da semelhança do referido morro, que se ergue a oeste, com o monte bíblico das colinas de Jerusalém, que bem conheciam, sugeriram então a denominação de 'Monte Sion' ao lugar, que foi bem acolhida pelo povo.

A partir daí o primeiro capelão passava a escrever os acontecimentos religiosos com esse nome, porém a comunidade, muito simples, ao invés de falar corretamente 'Sion' pronunciava Sião, e tanto isso é verdade que, quatro anos depois, em 1854, o arraial subia a Distrito de Paz, já com a denominação de 'MONTE SIÃO', como bem pronunciava o povo antigo e assim ficava sentenciado para todo o sempre".

 

A IMIGRAÇÃO ITALIANA

A partir de 1887 Monte Sião começava a receber as primeiras levas de imigrantes, pobres, oriundos da Europa, para as atividades rurais, principalmente na maior produção do café.

Sob forte influência dos imigrantes italianos que, desde então, continuavam se instalando no Distrito; este lugar conhecia dias agitados, jamais vistos antes, bem ao sabor de seus novos habitantes, um povo vigoroso, falante, de sangue quente, disposto ao trabalho.

Havia uma espécie de 'Consulado' clandestino, instalado no bairro da Guardinha, distante 13 quilômetros, onde residia e predominava o 'Consul' Pellegrino Tortelli, um dos primeiros italianos a pisar o solo monte-sionense.

Ali já se achavam também os Pamontin, que cuidavam da fabricação do vinho para a pequena colônia, que começava tomar corpo e se estender por toda área da Freguesia.

As famílias que chegavam, a maioria procedente do porto de Santos e mais de perto através de Amparo e Bragança, logo se dirigiam para o referido 'Consulado' e, depois de instruídas onde melhor se fixar, partiam direto para as fazendas de café e algumas, mais instruídas, para a sede da paróquia(¹).

Já no início do novo século, a agricultura, base econômica de Monte Sião, era sensivelmente incrementada pelo trabalho ingente e perseverante dos imigrantes. A sede prosperava a olhos vistos com a abertura de vias públicas, construção de grande número de casas residenciais e comerciais, mudando radicalmente, também, toda estrutura social e política do lugar e particularmente todo sistema de vida de sua comunidade até então muito enclausurada e circunspecta.

Os italianos, já em grande número, além de suas excelentes qualidades no trato da terra, agitavam tudo, ingressavam e engrossavam sem cerimônia na política partidária, quando Monte Sião começava sonhar com sua emancipação.

Essa gente buona e alegre, de fato, chegava para modificar e até bagunçar todo plano e hábito do pequeno lugar, tanto na parte política, como em todas as atividades sociais, religiosas, econômicas, educativas e principalmente culturais.

Assim se desenrolava, no começo do século XX, a altiva herança do major Antonio Bernardes de Souza, dentro de uma sucessão de fatos os mais significativos, como falam os documentos históricos e rezam as tradições.(²)"

(1) A dificuldade de comunicação, da complicada língua com seus dialetos, era também a razão pela qual os primeiros italianos que aqui chegando se dirigiam logo ao bairro da Guardinha, para receber orientações do 'Consulado'.

(2) Cerca de 300 famílias imigrantes faziam deste lugar uma grande colônia italiana, com suas origens e costumes das mais diferentes províncias da Itália.

 

Bibliografia:

Obra: Pelos Caminhos de Monte Sião 1790 - 1987. (obra esgotada).

Autor: Lourenço Guireli Júnior, ex-prefeito de Monte Sião, 1979.

Para conhecer com mais detalhes a história de Monte Sião, leiam Fragmentos Históricos de Monte Sião, do mesmo Autor.



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